Dor Muscular Tardia: Por que acontece?

A dor muscular tardia é também conhecida como dor  por microtraumas ou mais comumente como “dor do dia seguinte”.

Ao contrário da dor muscular aguda e imediata durante um exercício físico extenuante – com aquela sensação de queimação dos músculos que todos nós já experimentamos – a dor muscular de início tardio, descrita pelos americanos como “delayed onset muscle soreness” (da sigla DOMS, em inglês), é consequência do processo inflamatório em curso durante exercícios físicos intensos e não pelo acúmulo de lactato (ou ácido lático) que outrora representava a causa da dor muscular.

Apresenta um mecanismo fisiológico distinto da dor muscular aguda. Em situações de exercícios extenuantes, ocorre o acúmulo de ácido lático (ou lactato) que proporciona um ambiente ácido no músculo pela produção de íons hidrogênio e provoca o que é chamado de acidose metabólica e, consequentemente a dor, uma vez que o transtorno na remoção do ácido lático e também de potássio estimula os receptores dolorosos localizados nos músculos liberando assim substâncias conhecidas como prostaglandinas.

O lactato é metabolizado (decomposto) no fígado por um complexo conjunto de reações químicas, chamado de ciclo de Cori, ao mesmo tempo em que o bicarbonato de sódio produzido é decomposto e removido pela respiração.

QUADRO CLÍNICO

O quadro clínico da DOMS é de natureza transitória e caracterizado por dor, edema (inchaço), perda parcial do movimento articular, diminuição da flexibilidade e perda da força muscular do membro afetado.

Internamente, podem ocorrer aumentos dos níveis séricos (sangue) de enzimas como a creatina quinase (CK), desidrogenase lática (LDH), mioglobina e fragmentos da cadeia pesada de miosina.

A medida da CK nos dias seguintes ao exercício orienta a recuperação do atleta, mas seu perfil é individual, ou seja, varia de pessoa para pessoa e não deve ser utilizada com comparações a valores absolutos.

TRATAMENTO

São descritos fatores que atenuam o quadro inflamatório pós-exercício tais como a ingestão  de carboidratos e proteínas, o uso de roupas compressivas (bermudas e meias) e o uso de gelo (crioterapia), indicado pelos estudos como o procedimento mais eficaz no controle da DOMS.

A imersão em gelo deve ser imediata após o exercício, desta forma diminuindo o tempo de recuperação do atleta através da diminuição da temperatura tecidual e da diminuição do metabolismo muscular, provocando um efeito analgésico e atenuando a resposta inflamatória causadora da dor.

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